
É uma corrida mundial para ser o primeiro a servir este vinho novo da colheita. Mais de 65 milhões de garrafas, quase metade da produção total da região anual, será distribuída e consumida em todo o mundo. E para conseguir esta façanha, ele é levado por motocicleta, caminhão, balão, helicóptero, jato, avião, elefante, lancha, corredores, enfim qualquer meio de transporte para chegar ao seu destino final. É incrível perceber que há poucas semanas atrás, este vinho era um cacho de uvas em um vinhedo de seu produtor. Através de uma colheita rápida, uma rápida fermentação, e um engarrafamento rápido, tudo está pronto, na meia-noite da terceira quinta-feira de novembro, pela lei francesa, o Beaujolais Nouveau pode ser lançado.

Em 1938 regulamentos e restrições foram postas em prática para restringir, onde, quando e como tudo devia correr. Depois de anos de guerra, em 1951, estes regulamentos foram revogados pelo órgão da região, a União Interprofissional des Vins de Beaujolais (UIVB), e do Nouveau Beaujolais foi oficialmente reconhecido. A data oficial de lançamento foi marcada para 15 de novembro. Beaujolais Nouveau nasceu oficialmente. Por esta altura, o que foi apenas uma tradição local ganhou tanta popularidade que a notícia chegou até Paris. A tradição nasceu! Não foi muito tempo depois que este vinho expandiu fronteiras além da França, chegando por todo o mundo. Em 1985, a data foi novamente alterada, desta vez para a terceira quinta-feira de novembro, amarrando-o a um fim de semana para que a festa seja completa. É determinado que independente onde esteja, o Beaujolais Nouveau, seus importadores e distribuidores não podem entregá-lo e ou servir antes da meia-noite na terceira quinta-feira de novembro.

Além da festa, o que faz o Beaujolais Nouveau ser tão popular?
O Beaujolais Nouveau é tão perto de vinho branco como um vinho tinto pode ser. São fáceis de beber, muito frutado. Isso, juntamente com o fato de que o gosto é melhor quando refrigerados, faz um vinho festivo a ser apreciado em alto astral. É considerado um grande vinho de transição para quem deseja passar de branco para tintos.
A corrida que se faz da colheita até a garrafa pode parecer boba, mas a diversão é saber que na mesma noite, em casas, cafés, restaurantes, pubs, bares e bistrôs em todo o mundo, a mesma celebração está ocorrendo. Não tem o corpo e estrutura dos vinhos tintos clássicos, mas ele sempre é bom.