De modo geral, o consumo de cervejas em lata no Brasil está
atrelado às cervejas massivas nacionais, feitas em larga escala. São aquelas
“loiras” que tomamos direto na lata, estupidamente geladas num churrasco com os
amigos, que quando esquentam ficam intragáveis e despejamos o finalzinho na
grama. Por vezes, até sentimos um toque metálico desagradável vindo das latas.
Ocorre que para a conservação do líquido, o melhor tipo de
envase é a lata, e isso já é consenso entre as cervejarias artesanais.
Um fator que pode prejudicar a cerveja depois de envasada é
justamente a incidência de luz, solar ou artificial. Acontece que o lúpulo,
quando fervido, libera uma substância chamada isohumulona, que quando entra em
contato com a luz cria um composto químico que a literatura cervejeira descreve
como “aroma de gambá”. Essa é a razão pela qual a grande maioria das garrafas
disponíveis no mercado é escura, para filtrar essa incidência de luz. A lata
protege o líquido completamente e, quando for de boa qualidade, não transmite
nenhum sabor para a cerveja por meio de um polímero à base de água presente no
revestimento interno.
Além disso, se garrafa não for tampada corretamente, pode
ocorrer vazamento de gás e líquido, o que jamais acontece com as latas. E
convenhamos, latas gelam mais rápido, são mais leves, não quebram, ocupam menos
espaço e são mais fáceis de transportar e reciclar.
Portanto, chega de preconceito e vamos aceitar as vantagens e qualidades das latas no mercado das cervejas artesanais. Elas mantém o frescor e sabor original por muito mais tempo e acredito que ninguém gostaria de correr o risco de sentir “cheiro de gambá” na sua cerveja predileta.
Portanto, chega de preconceito e vamos aceitar as vantagens e qualidades das latas no mercado das cervejas artesanais. Elas mantém o frescor e sabor original por muito mais tempo e acredito que ninguém gostaria de correr o risco de sentir “cheiro de gambá” na sua cerveja predileta.