sexta-feira, 27 de maio de 2016

Lata ou garrafa?

De modo geral, o consumo de cervejas em lata no Brasil está atrelado às cervejas massivas nacionais, feitas em larga escala. São aquelas “loiras” que tomamos direto na lata, estupidamente geladas num churrasco com os amigos, que quando esquentam ficam intragáveis e despejamos o finalzinho na grama. Por vezes, até sentimos um toque metálico desagradável vindo das latas.
Ocorre que para a conservação do líquido, o melhor tipo de envase é a lata, e isso já é consenso entre as cervejarias artesanais.

Um fator que pode prejudicar a cerveja depois de envasada é justamente a incidência de luz, solar ou artificial. Acontece que o lúpulo, quando fervido, libera uma substância chamada isohumulona, que quando entra em contato com a luz cria um composto químico que a literatura cervejeira descreve como “aroma de gambá”. Essa é a razão pela qual a grande maioria das garrafas disponíveis no mercado é escura, para filtrar essa incidência de luz. A lata protege o líquido completamente e, quando for de boa qualidade, não transmite nenhum sabor para a cerveja por meio de um polímero à base de água presente no revestimento interno.

Além disso, se garrafa não for tampada corretamente, pode ocorrer vazamento de gás e líquido, o que jamais acontece com as latas. E convenhamos, latas gelam mais rápido, são mais leves, não quebram, ocupam menos espaço e são mais fáceis de transportar e reciclar.
Portanto, chega de preconceito e vamos aceitar as vantagens e qualidades das latas no mercado das cervejas artesanais. Elas mantém o frescor e sabor original por muito mais tempo e acredito que ninguém gostaria de correr o risco de sentir “cheiro de gambá” na sua cerveja predileta.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Anderson Valley e suas curiosidades



Uma das mais respeitadas cervejarias dos EUA, a Anderson Valley, fica situada na cidade de Boonville, Califórnia. Uma das curiosidades que cerca sua história vem justamente dos curiosos nomes de suas cervejas, provenientes do Boontling, língua falada pela população nativa do Vale de Anderson.

Seu famoso mascote, o urso com chifres, vem de um trocadilho em inglês com dois animais que habitam a região: o urso (bear) + o cervo (deer), que juntos formam a palavra “beer”, cerveja.


Por trás de toda essa história, a cervejaria se mantém como um dos grandes expoentes da escola americana, criando cervejas ousadas e marcantes sempre carregadas de lúpulos americanos frutados e florais para a alegria dos fãs dessa inventiva escola cervejeira.

Bahl Hornin’: bebendo bem.

Rótulo: Boont Amber Ale
Pronúncia: Bunt Ãmber Eiou
Significado: É a maior comunidade e o centro de Anderson Valley. Foi a cidade em que o dialeto Boontling se originou.

Rótulo: Poleeko Gold Pale Ale
Pronúncia: Políco Gold Peiou Aiou
Significado: Philo. É a segunda maior cidade de Anderson Valley.

Rótulo: Belk’s Extra Special Bitter
Pronúncia: Bélks Estra Spexial Biter
Significado: Região de Bell Valley, onde o dialeto Boontling se originou.

Rótulo: Barney Flats Oatmeal Stout
Pronúncia: Barnei Fléts Oatmial Staut
Significado: Hendy Woods National Forest. Floresta localizada em Anderson Valley. Floresta de mata fechada, com muita sombra, escura e refrescante. Remete às características sensoriais da cerveja.

Rótulo: Hop Ottin’ IPA
Pronúncia: Róp Orin IPA
Significado: “Hard working hop”. Lúpulo que trabalha duro. Referência ao estilo IPA.

Rótulo: Heelch O’Hops Double IPA
Pronúncia: Rilch Ou’Róps Dâbou IPA
Significado: Uma grande quantidade. Remete à grande quantidade de lúpulos utilizados na composição da cerveja.

Rótulo: The Kimmie, The Yink, and the Holy Gose
Pronúncia: De Quimi, De inq, end de Rouli Goze
Significado: O Pai, o Filho e o Santo.

Quer experimentar, clique aqui: http://goo.gl/OlGGfY