quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Petit Verdot

Sempre tento levar nas degustações que faço uma garrafa de “Petit Verdot”. A uva é geralmente desconhecida pela maioria dos participantes, porém sei que o vinho irá agradar.

Em visita a vinícola Argentina Trapiche, tive a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a uva Petit Verdot e provar ótimos exemplares, assim gostaria de dividir com vocês um pouco desta experiência.

A Petit Verdot é de origem francesa, mais especificamente da região de Bordeaux. Lá, quase nunca atinge sua plena maturidade (é uma uva de maturação tardia, mais do que a Cabernet Sauvignon), e produz vinhos que servem como “tempero” para os grandes vinhos de Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc da região. Pequenas quantidades de Petit Verdot na composição emprestam ao vinho os taninos, acidez e coloração roxa.

Como muitas variedades europeias, ela atravessou oceanos e encontrou “terroirs” em diversos países. Na Argentina é possível encontrar vinhos feitos com 100% da uva Petit Verdot. São bem menos populares que os emblemáticos vinhos de Malbec, porém penso que se mais divulgados, conseguirão por suas características, conquistar o paladar dos brasileiros.

Estes vinhos são ricos, muito saborosos e seus taninos (substância que provoca “secura” na boca) apesar de evidentes, contribuem para uma textura “aveludada” e “espessa”.

A minha sugestão é o Trapiche Broquel Petit Verdot. Um tinto encorpado de intensa coloração. Aromas de frutas maduras como amora e cereja, um delicado toque “verde” o qual remete a ervas, além de notas “amadeiradas” elegantes de tosta e baunilha.
Dica: Aerá-lo por 20 minutos antes do consumo. Servir entre 17 - 19°C.
(A aeração pode acontecer em um “decanter”, em uma jarra ou na própria taça).



Texto criado por Max Chon (Sommelier Interfood/TodoVino).