Filho de Etienne, Marcel envolveu-se desde muito cedo no negócio quando, em 1961, ele foi forçado a correr de volta da escola porque seu pai foi repentinamente surpreendido com uma cegueira total. Etienne ficou cego e seu filho Marcel se juntou a ele na administração da propriedade. Marcel levou a empresa desde então, e sua ética de trabalho incomparável e dedicação à qualidade levantaram os vinhos Guigal ao ápice do mundo do vinho, e da Domaine Guigal a seu status como vinícola líder do Vale do Rhône.
Os vinhos produzidos por Marcel chamou a atenção para Côte-Rôtie e outras denominações ao longo do Rhône que estavam em perigo de se perder nos anais da história do vinho, apesar do passado ilustre da região com 2.500 anos de área produtora de vinhos superiores, e berço da civilização do vinho na França. Em parte, podemos dizer que o ressurgimento do interesse na região de Côte Rôtie pode ser atribuído ao sucesso dos melhores vinhos da E.Guigal.
A trajetória Guigal tem sua ascendência nos últimos 30 anos, em meados da década de 1980 eles foram capazes de comprar Fleury Vidal, onde Etienne tinha começado. Etienne morreu em 1988. Em 1995, Marcel comprou o Château d'Ampuis, e em 2001 Guigal compra tanto Grippat e Vallouit. Mais recentemente, em 2006 foi comprado o Domaine de Bonserine.Hoje, na terceira geração Philippe, filho de Marcel, é Diretor e Enólogo em Guigal, e como o seu pai está carregando a tradição de liderança no Vale do Rhône e excelência intransigente. A empresa Guigal é extraordinária em uma série de dimensões.
A primeira diretriz é a decisão de que eles só vão comprar uvas e vinhos que são capazes de produzir vinhos verdadeiramente grandes. Portanto apesar de sua importante produção, eles possuem apenas 150 hectares, todos no Rhône Norte. Eles possuem esmagadoramente a melhor seleção de vinhedos na Côte-Rôtie, a melhor área cuidadosamente selecionada, em Condrieu e também quatro parcelas em Hermitage, e alguns dos melhores vinhedos em Crozes-Hermitage. Estes 150 hectares são verdadeiramente as melhores áreas na Rhône do Norte, e servem como fonte para os seus bens-engarrafados O Vinho, e da base para todos os seus vinhos produzidos.
Uma segunda diretriz importante é a abordagem Guigal de viticultura. A família Guigal é incansável em seu trabalho nas vinhas abruptamente inclinadas. Eles são metódicos no cultivo das vinhas plantadas, e acreditam nos solos, exposições ao sol e micro-climas das regiões. Sua filosofia na vinha é podar baixo e limitar estritamente o número de brotos por videira, para diminuir rendimento e melhorar a qualidade de vida da vinha e do fruto, sempre à procura do equilíbrio natural. Não utilizam pesticidas, herbicidas ou produtos químicos nas vinhas, e o fato de algumas das vinhas Guigal remonta a década de 1890 é um testemunho para o cultivo, a abordagem obsessiva que os Guigals têm em seus vinhedos.
Em terceiro lugar, Guigal é uma empresa de negociant único. A família sabe sobre o Rhône do Norte como ninguém, o que lhes conferem comprar uvas dos melhores produtores. No total, eles vinificam cerca de 33% de Côte-Rôtie e 45% de Condrieu, e tem acesso a frutas superiores em todas as regiões em que trabalham. No Rhône do Sul, eles compram apenas o vinho, e com uma abordagem distinta, ou seja, eles não têm um único contrato. Marcel e Philippe tem um prazer incansável de começar do zero a cada ano. Em um determinado ano, eles vão comprar 1% dos vinhos top que gostaram, e por causa de seus contatos de longa data, eles têm acesso aos melhores vinhos da região. Em outras palavras eles selecionam 1% dos melhores vinhos do Rhône do Sul. Também é importante observar, que eles decidem muito cedo qual o vinho que vão comprar, às vezes antes mesmo de terminar a fermentação maloláctica. A partir de sua experiência de acesso, e trabalho inicial, eles se dão a oportunidade de encontrar os melhores vinhos possíveis, e se deparam com um grande vinho nascendo, independentemente das considerações da safra ou preço.
A ética Guigal de trabalho em encontrar a melhor fruta e vinhos no Vale do Rhône pode ser resumida pelo lema do Chateau d'Ampuis: "sans bien la peine Nul" - não é bom sem dor.
Em quarto
lugar, a vinificação Guigal é singular no mundo do vinho, e permite que suas grandes matérias-primas possam florescer na garrafa. A abordagem que usam na vinificação remonta a tradição no Vale do Rhône, com longo envelhecimento, que integra taninos e sabores e cria vinhos de grande complexidade e requinte. Por causa de seus frutos superiores, os Guigals não fazem "um vinho simples" - estes vinhos demandam de tempo para estarem prontos. Todos os vinhos estão sujeitos a fermentações de leveduras naturais, e intervenção é, no mínimo, nua, sem colagem ou filtração. Os melhores vinhos Guigal passam por períodos de maturação longas em barril, o que já é famosa, até três anos e meio.
Os Guigals são tão exigentes sobre o processo de envelhecimento que, encontrando barris inconsistentes até mesmo dos melhores tonnelleries, eles produzem cada barril que é usado em sua adega, com um barril feito à mão todos os dias pelo seu cooper, única no Chateau d'Ampuis. Estes barris são destinados para os seus vinhos do Rhône do Norte, enquanto eles usam foudres construídas nas especificações precisas para os seus vinhos do Rhône do sul.
A realidade é que é extremamente dispendioso segurar por três ou quatro safras de Chateauneuf-du-Pape ou Côte-Rôtie, ou até mesmo para segurar Côtes du Rhône, em duas ou três safras comparado a outros produtores que abrem vendas de seus vinhos, mas é feito para salvaguardar a qualidade do vinho, e para que os consumidores possam degustar os vinhos logo após a liberação.
Quanto mais você aprende sobre a família Guigal, mais surpreendente torna-se a sua história. Seus vinhos são Valores de Referência para cada denominação Rhône, e ao longo dos últimos 30 anos tornaram-se sem dúvida o produtor mais elogiado no mundo. Ano após ano, a Família Guigal produz vinhos de qualidade excepcional que, em todas as classes oferecem valor excepcional.